terça-feira, 24 de setembro de 2013

Mão na massa! Ou melhor, mão na argila!

Vamos tratar nesta postagem, a modelagem com argila, pois sabemos que esse material é pouco explorado em detrimento do uso da massa plástica ou caseira (massinha). O primeiro contato dos pequenos com este material pode causar estranhamento. Enfrentar esse espanto inicial é necessário para ampliar o repertório das crianças e apresentar a elas materiais diversificados e técnicas artística diferentes.
Para começar, vale ressaltar que de acordo com Khol (2002, p.51)  a argila "[...] é um material relaxante que estimula a imaginação, a criatividade  e a descoberta [...]". Quando as crianças manuseiam a argila é possível estimular-lhes os sentidos, sobretudo o tato e a visão, liberando assim os seus movimentos e desenvolvendo a psicomotricidade.

Ao propor atividades de modelagem com argila permita que as crianças batam, enrolem, furem, torçam, amassem, puxem e alisem com os dedos molhados, já que nessa fase o importante para elas não é obter um produto plástico acabado, haja vista que no decorrer desse processo elas produzem suas narrativas, ou seja, dá sentido ao que estão produzindo, mesmo que o adulto não consiga "decifrar". Outro aspecto relevante é que essas narrativas são transitórias, posto que, no decorrer de suas produções criam, desmancham, refazem ininterruptamente sem preocupar-se em entregar um produto finalizado.
Modelar e brincar estão intrinsecamente ligados, pois ao modelar as crianças podem brincar de fazer pulseiras, bolos, anéis, mesas, cadeiras, sofás, sendo assim, nesses momentos estão representando o dia a dia das relações que vivenciam.



Referências: Kohl, MaryAnn F. O livro dos arteiros: arte grande e suja, mas fácil de limpar - Porto Alegre: Artmed, 2002.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Dica de leitura para os pequenos e para os grandes!

"Monstro Amor", de Rachel Bright, é a história de um monstrinho meio esquisito de olhos esbugalhados que só queria ser amado.

Esse monstrinho morava na Cidade dos Lindos, onde tudo e todos eram fofos e bonitos, menos ele. O monstro Amor se sentia muito sozinho, já que ninguém queria ser seu amigo só porque ele não era lindo como os outros. Ele vivia num mundo onde não encaixa, num mundo onde se sente diferente e posto de lado.

Como monstro Amor não gostava de ficar por aí choramingando, partiu em direção ao “vasto mundo” para procurar alguém que o amasse do jeito que ele era!

O monstrinho procurou por todos os lados.

Algumas vezes ele achou que tinha encontrado alguém para amá-lo, mas era engano. E por mais que monstro Amor procurasse, não encontrava ninguém.

Quando tudo começou a ficar meio desanimador e ele decidiu voltar para casa, monstro Amor teve uma bela surpresa!

Uma emocionante e delicada história que conta como, às vezes (quando você menos espera!), o amor encontra você.


Ficha:

Idade: A partir de 4 anos
Editora: Girassol
Autor: Rachel Bright
Tradução: Márcia Lígia Guidin
Ilustrador: Rachel Bright
Páginas: 32
Data de Edição: 2012


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Circuitos com obstáculos: equilíbrio, agilidade, coordenação motora e segurança!


O movimento é parte integrante da vida humana, é a dimensão primordial no desenvolvimento da criança.

As crianças desde o seu nascimento movimentam-se e este vai se aprimorando a cada dia por intermédio das experiências como, por exemplo: correm, saltam, sobem, descem, manuseiam objetos, etc.


 pequeno circuito de obstáculos com o objetivo de desenvolver a coordenação motora ampla e a capacidade de se movimentar superando obstáculos

O movimento humano não se resume apenas em um deslocamento e sim uma forma de linguagem corporal em que expressamos nossos sentimentos, emoções e pensamentos.

Atividades que colocam os movimentos em evidência, como os circuitos, são uma boa pedida de acordo com especialistas.












O trabalho com movimento contempla a multiplicidade de funções e manifestações do ato motor, propiciando um amplo desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade da criança, assim como abrangendo observações a cerca das posturas corporais nas atividades cotidianas.


Os circuitos contribuem para tornar a criança segura e confiante, fazendo, também, com que ela tome consciência da sua corporeidade e conheça suas limitações motoras.



*Fotos: Condomínio Maura Valadares e Villa Venice - Julho/2013

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

“Dá para educar os filhos, apesar de influências externas”

“A criança nasce sem saber nada. Ela vai aprender tudo com os pais, copiando, imitando", afirma Cris Poli, educadora e apresentadora do programa “Supernanny” (SBT). Quem é pai e tem a função de educar um filho sabe bem do que Cris está falando. Basta um pequeno deslize para que o pequeno repita incessantemente aquele palavrão que o adulto deixou escapar em um momento de frustração. É justamente sobre a importância do exemplo que os pais dão através de atitudes que trata o novo livro da apresentadora “Pais admiráveis educam pelo exemplo” (Ed. Mundo Cristão), lançado em julho.

A educadora ressalta que se esse ensinamento de valores e princípios for consistente e praticado pela família no dia a dia, nem mesmo influências externas podem prejudicá-lo. “Nem todo mundo age da mesma forma e a probabilidade de que a influência dos amigos, por exemplo, faça parte do dia a dia de uma criança é muito grande. Acredito que se a educação dentro de casa é firme, com valores e princípios sólidos praticados por toda a família, os pais conseguem se posicionar e explicar para o filho que é assim que sua família age. Dá para educar uma criança, apesar da influência externa. A família é mais forte”, afirma. Confira entrevista concedida ao Delas.
" Escola, empregada, babá e outros cuidadores
são parceiros, mas não é deles
a responsabilidade de educar a crianças, diz Cris
"

iG: Quais os erros mais comuns que os pais cometem, mesmo sem perceber, na educação dos filhos? 
Cris Poli: Acho que os mais comuns são falta de limite, falta de exercício da autoridade dos pais e falta de rotina, de organizar o dia a dia da criança e da família estabelecendo horários para as diferentes atividades diárias, como tomar banho, fazer as refeições ou a lição de casa. Esse último item é fundamental e acho que o grande problema é que os pais não têm consciência da real importância que a rotina tem na vida da criança e da família como um todo. Hoje, existe um agravante, já que a maioria dos casais trabalha e fica fora o dia todo. Quando o pai ou a mãe está em casa, acaba se sentindo culpado e se torna muito permissivo. Acredito que os pais percebem isso de alguma maneira, mas acham que não é tão grave, tão sério e que dá para levar dessa forma. Mas, com o passar do tempo, eles entendem que não é possível dar uma boa educação sem limites e sem rotina.

"Não adianta falar para a criança não mentir e mandar dizer que não está apenas para não atender um telefonema chato".

iG: Você acha que a educação das crianças está sendo terceirizada ou é uma impressão e sempre foi assim? 
Cris Poli: Acho que a educação está sendo terceirizada mesmo. Os pais transferem a responsabilidade para as escolas, babás, empregadas, creches. Não acho que colocar o filho período integral na escola ou deixá-lo com algum cuidador seja o problema. O problema é não assumir a responsabilidade pela educação do seu filho e deixar que esses terceiros eduquem as crianças sem a intervenção significativa por parte dos pais. Escola, babá, empregada e outros cuidadores são parceiros, mas não é deles a responsabilidade de educar a criança.

Fonte: delas.ig.com.br