Vamos tratar nesta postagem, a modelagem com argila, pois sabemos que esse material é pouco explorado em detrimento do uso da massa plástica ou caseira (massinha). O primeiro contato dos pequenos com este material pode causar estranhamento. Enfrentar esse espanto inicial é necessário para ampliar o repertório das crianças e apresentar a elas materiais diversificados e técnicas artística diferentes.
Para começar, vale ressaltar que de acordo com Khol (2002, p.51) a argila "[...] é um material relaxante que estimula a imaginação, a criatividade e a descoberta [...]". Quando as crianças manuseiam a argila é possível estimular-lhes os sentidos, sobretudo o tato e a visão, liberando assim os seus movimentos e desenvolvendo a psicomotricidade.
Ao propor atividades de modelagem com argila permita que as crianças batam, enrolem, furem, torçam, amassem, puxem e alisem com os dedos molhados, já que nessa fase o importante para elas não é obter um produto plástico acabado, haja vista que no decorrer desse processo elas produzem suas narrativas, ou seja, dá sentido ao que estão produzindo, mesmo que o adulto não consiga "decifrar". Outro aspecto relevante é que essas narrativas são transitórias, posto que, no decorrer de suas produções criam, desmancham, refazem ininterruptamente sem preocupar-se em entregar um produto finalizado.
Modelar e brincar estão intrinsecamente ligados, pois ao modelar as crianças podem brincar de fazer pulseiras, bolos, anéis, mesas, cadeiras, sofás, sendo assim, nesses momentos estão representando o dia a dia das relações que vivenciam.
Referências: Kohl, MaryAnn F. O livro dos arteiros: arte grande e suja, mas fácil de limpar - Porto Alegre: Artmed, 2002.