Crianças filosofam, pensam sobre a vida e inventam respostas. Costumam se indagar, antes mesmo de nos indagar, a respeito das coisas do mundo.
Esta é a maneira como vão se constituindo como seres próprios, individualizados e capazes de se diferenciarem em relação ao que encontram já pronto ao seu redor. Muitas vezes, nós, os adultos, nos irritamos em relação às perguntas fora de hora, ora repetitivas, ora insistentes e, com frequência, difíceis de responder. Contudo, ainda que seja fácil de entender o que em nós se passa de impaciência, será interessante se conseguirmos, frente às perguntas de nossos pequenos filósofos, parar, procurar entender o que buscam, talvez, perguntando também e ajudar a pensar. Lembremos sempre que mais importante que responder é estimular a reflexão, valorizar a dúvida, que vem junto com a coragem dos pequenos de tirar “os pés do chão”, fincados que estavam nas explicações há muito conhecidas, e buscar o novo, aquilo que ainda não foi entendido.
Procuremos ouvir com atenção, pois para as crianças pensar sobre seu pequeno mundo é um modo, talvez o mais seguro, de ficarem donas dele e, a partir daí, terem o futuro como perspectiva a ser sonhado, planejado e desfrutado antes de ser vivido. O que ajudará muito a vivê-lo quando for o momento. E se não for possível ter essa disponibilidade no momento em que a criança pede, adie, peça desculpas pela impossibilidade e proponha que aguarde até tal dia... ou tal hora... ou tal momento... quando então será possível sentarem com calma e conversar. Crianças podem esperar, conseguem e, às vezes, as ajudamos a aprender. O importante é que respeitemos e possamos cumprir os combinados.
E isto é sagrado!
Emoções Infantis: O Universo das Crianças
http://www.jardinsdainfancia.com.br
Em 11/11/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário