sexta-feira, 7 de março de 2014

"Nunca matei um animal por cantar atirei o pau no gato"

Quando o escritor e educador Ilan Brenman ouviu a adaptada cantiga "não atirei o pau no gato...", ele se enfezou. Preocupado com a imposição do politicamente correto nas músicas e histórias infantis, aprofundou-se no assunto para fazer justamente o contrário: ele acabou de apresentar sua tese de doutorado na Universidade de São Paulo sugerindo que o uso de temáticas politicamente corretas não só é incapaz de incutir essas atitudes na criança como também retira uma das principais válvulas de escape dos medos e frustrações infantis. "Eu nunca matei um animal por cantar 'atirei o pau no gato'", afirma. 

Para Brenman, que já escreveu mais de 20 livros infanto-juvenis, ao lidar com situações de conflito - morte, raiva, ciúmes, medo - a criança está criando ferramentas para trabalhar com as dificuldades da vida. "Elas escutam as histórias de forma diferente dos adultos. O obstáculo e o conflito representados nos livros são o reflexo das dúvidas que a criança possui dentro dela", diz o pesquisador. Ele argumenta que, se forem retirados os espaços para a criança lidar com seus sentimentos negativos, elas não terão como aprender a enfrentar as dificuldades e a violência pode explodir na vida real. 

Na literatura infantil "do bem", são suprimidas menções às reações e comportamento negativos do homem. São histórias positivas, com lições de moral e sem personagens violentos como a bruxa e o bicho-papão. "Um dos exemplos da patrulha do ideologicamente correto pode ser visto na história da Chapeuzinho Vermelho". Existem livros publicados em que não há mais o lobo mau, ou que a barriga do lobo não é aberta para evitar imagens de violência na cabeça das crianças. "A cena da abertura da barriga do lobo é importante por trazer a ideia do renascimento, da vida que brota de outra vida", diz o educador.
Segundo o escritor, as travessuras da boneca Emília
ensinam as crianças a pensar

Contra a Emília "comportada"

A grande luta de Brenman parece ser contra a campanha para modificar os hábitos de uma das principais personagens da literatura infantil brasileira: a boneca de pano Emília, criada por Monteiro Lobato nos anos 1920. "Ela é uma menina respondona, atrevida, criativa e saudável", afirma. As crianças, segundo ele, também não são anjinhos. Elas têm doses de maldade dentro delas, e a boa literatura, com pitadas de conflito e comportamentos dúbios, permite às crianças compreender a oscilação sentimental que sentem e a lidar melhor com as neuroses do mundo. 

O educador acredita que os pais não podem terceirizar a transmissão de valores morais para os livros. Esta é uma função que deve ser feita pela família, e qualquer tentativa de ensinar a ser bonzinho por mensagens já prontas em livros não terá efeito. Isso porque a percepção do bom e do mau deve vir pela reflexão. A leitura, diz Brenman, deve provocar a criança com situações de conflito para que ela raciocine sobre o assunto e tire suas conclusões. 

A imposição do politicamente correto faz Brenman temer que cuidados excessivos, como a substituição de palavras consideradas ofensivas, façam com que a juventude atual se descole das histórias tradicionais. "Se não fizermos nada, daqui a pouco vamos ter que contar a história do "Afrodescendentezinho do Pastoreio", e não a do Negrinho do Pastoreio.


Via: Na Casa de Papaula

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Matemática com Tampinhas!

Jogos pedagógicos são sempre uma boa pedida, não é verdade?
Envolvendo cores e material reciclável então é o máximo.

Propomos aqui uma atividade lúdica com tampinhas, devido à facilidade na aquisição deste material.

As coleções são excelentes instrumentos para a aquisição dos conhecimentos matemáticos elementares.


Separe algumas tampinhas e faça com que as crianças explorem este material e realize com elas a contagem do mesmo e depois faça os seguintes questionamentos:  

::Quantas tampinhas têm?
::Qual o numeral encontrado na contagem?
::Temos muitas ou poucas tampinhas?
::Caso entregássemos uma tampinha para cada criança, este número de tampinhas seria suficiente?
::Para que servem os números?
As crianças se divertem e aprendem brincando pois:

::Compreendem  o significado da contagem através de tampinhas;
::Desenvolvem noções de quantidades;
::Aproximam as crianças do conceito de número através do registro de quantidades;
::Compreendem a utilização dos números.

Ainda podemos fazer diversas brincadeiras para que as crianças separem as tampinhas por cores, proporcionando a eles o reforço de noção de cores. Além de cores é possível trabalhar agrupamento, classificação e noções de quantidade.

Brincadeiras simples com materiais recicláveis, que além de divertir, contribuem para o desenvolvimento das crianças!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Colônia de Férias com criatividade e alegria é o nosso compromisso.

As férias escolares estão chegando e o que fazer com a meninada?

Com um atendimento personalizado para seus filhos, oferecemos uma colônia de férias diferenciada que se propõe  valorizar a infância, estimular a fantasia e a criatividade e proporcionar experiências que contribuam para a formação e autonomia das crianças, através do resgate de brincadeiras.

VALOR:
O valor da diária da Colônia de Férias é R$45,00. Para uma semana completa, oferecemos o valor de R$200,00 e desconto de 5% para irmãos.

PERIODICIDADE:
Os responsáveis poderão escolher a(s) semana(s) de acordo com sua necessidade, sendo o horário de 13:30 às 17:30.
•06/01 a 10/01/14
•13/01 a 17/01/14
•20/01 a 24/01/14
•27/01 a 31/01/14

COMO FUNCIONA:
Nosso diferencial é o atendimento personalizado e a comodidade por estar em seu condomínio.
Realizamos uma reunião prévia com os pais que se interessam pelo projeto para o levantamento do número de crianças, a faixa etária e as áreas comuns disponíveis, assim como as principais demandas das famílias envolvidas. A partir daí o planejamento se personaliza, será elaborado um quadro com atividades artísticas, motoras e lúdicas, aproveitando da melhor forma o espaço físico do condomínio.
Nossos monitores são capacitados e oferecemos todo o material para a realização das atividades.
Cada criança deverá levar seu lanche.

FAIXA ETÁRIA:
A partir de 03 anos.
*para crianças menores que 03 anos temos uma programação especial, consulte!

ATIVIDADES:
•BRINCADEIRAS RECREATIVAS:
•BRINCADEIRAS DE RODA;
•MOVIMENTO - BRINCADEIRAS COM MATERIAIS: BOLAS, CORDAS, BAMBOLÊS...;
•OFICINA DE ARTES;
•OFICINA DE MASSINHA CASEIRA;
•OFICINA DE FANTOCHE E DEDOCHE;
•FAZ-DE-CONTA;
•OFICINA DE MÁSCARAS;
•ESCULTURAS EM ARGILA;
•OFICINA DE JARDINAGEM;
•SUCATEANDO - CONSTRUÇÃO DE BRINQUEDOS COM MATERIAIS RECICLÁVEIS;
•CULINÁRIA DIVERTIDA;
•CINEMINHA COM PIPOCA;
•RODA DE HISTÓRIA;
•BANHO DE MANGUEIRA – DESFILE E BRINCADEIRAS;
•FESTIVAL DE GULOSEIMAS – A COMBINAR;
•LANCHES DIVERTIDOS, COLETIVOS E PICNIC.

*Atividades realizadas por parceiros:
•CONTAÇÃO DE HISTÓRIA;
•RODA DE MÚSICA

LEMBRANDO...
Para que a Colônia de Férias aconteça com sucesso, é necessário um número mínimo de 08 crianças. Trabalhamos com grupos pequenos, para que todos recebam atenção especial. O número máximo é de 12 a 15 crianças. Converse com seus vizinhos e amigos e definam qual a melhor data para atender a todos.
E se você for o responsável por nossa divulgação dentro do condomínio, seu filho ganhará uma semana da colônia.

:: AS RESERVAS DEVERÃO SER FEITAS PREFERENCIALMENTE ATÉ O DIA 21/12/13 – SEXTA-FEIRA.

DÚVIDAS?
Entre em contato conosco. Estamos à sua disposição.
(31) 9135-8552 / (31) 9637-0252

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Até quando as crianças devem acreditar em Papai Noel?

O Natal está chegando. Cada vez mais cedo temos visto pelas ruas a sua presença. O clima é alegre, festivo e provoca nas pessoas um sentimento de solidariedade pouco visto em outras épocas do ano.

O menino Jesus, personagem principal desta comemoração, fica ofuscado por um outro – Papai Noel, que foi inspirado em São Nicolau, arcebispo da Turquia no século III. Ele ajudava pessoas com dificuldades, gostava de crianças e jogava presentes pelas janelas das casas. Aos poucos, sua figura foi se transformando e a história é outra.

Atualmente, Papai Noel vive no Polo Norte na companhia da Mamãe Noel, de seus duendes e renas voadoras. Na noite do dia 24 de dezembro, ele distribui presentes para todas as crianças do mundo.

Difícil de acreditar? Não para a maioria dos pequenos, que inclusive chegam a vê-lo e a ouvir o barulho de suas renas. Eles esperam ansiosos a data que costuma vir recheada de presentes.

Mesmo nas famílias com dificuldades financeiras. Há inúmeras campanhas que garantem um Natal feliz para todos. As pessoas são tomadas pelo espírito natalino e todos se tornam um pouquinho Papai Noel.

Porém, fica a dúvida:  até quando se deve ter essas crenças. Assim como com o Coelho da Páscoa e a Fada do Dente, não há uma idade certa. A criança quando é bem pequenina costuma ser muito fantasiosa. Aquilo que ela ouve e vê, existe de verdade. Realidade e fantasia se confundem. É a época do faz de conta.


À medida que cresce, seu pensamento se transforma. Ela passa a fazer uma diferenciação entre o real e o fantástico. Aos poucos, com os elementos da realidade, faz uma leitura diferente das coisas e não acredita mais na existência dessas figuras. Isso se dá por volta dos sete anos de idade. Algumas crianças antes, outras mais tarde.

Alguns pais preferem dizer logo a verdade, como se essas crenças fossem danosas. Porém, vale lembrar que a capacidade de fantasiar e sonhar está na base da criatividade e, consequentemente, da inteligência. Não há mal algum.

No entanto, temos que respeitar os limites da criança. Conforme ela for estabelecendo hipóteses sobre a não existência desses personagens, é importante que os pais validem, indo de encontro às suas percepções. Caso contrário, ela não confiará muito nas coisas que vê e ouve.

Como é gostosa a brincadeira do Papai Noel. Cultivá-la, dentro do limite da criança, só traz benefícios. Até porque, a maioria gostaria que ele existisse.


Ana Cássia Maturano
psicóloga e psicopedagoga formada pela Universidade de São Paulo (USP). É especialista em problemas de aprendizagem e colunista de Educação do portal G1, onde escreve sobre Educação e a relação entre pais e filhos.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Os Pequenos Filósofos

Crianças filosofam, pensam sobre a vida e inventam respostas. Costumam se indagar, antes mesmo de nos indagar, a respeito das coisas do mundo.

Esta é a maneira como vão se constituindo como seres próprios, individualizados e capazes de se diferenciarem em relação ao que encontram já pronto ao seu redor. Muitas vezes, nós, os adultos, nos irritamos em relação às perguntas fora de hora, ora repetitivas, ora insistentes e, com frequência, difíceis de responder. Contudo, ainda que seja fácil de entender o que em nós se passa de impaciência, será interessante se conseguirmos, frente às perguntas de nossos pequenos filósofos, parar, procurar entender o que buscam, talvez, perguntando também e ajudar a pensar. Lembremos sempre que mais importante que responder é estimular a reflexão, valorizar a dúvida, que vem junto com a coragem dos pequenos de tirar “os pés do chão”, fincados que estavam nas explicações há muito conhecidas, e buscar o novo, aquilo que ainda não foi entendido. 
Procuremos ouvir com atenção, pois para as crianças pensar sobre seu pequeno mundo é um modo, talvez o mais seguro, de ficarem donas dele e, a partir daí, terem o futuro como perspectiva a ser sonhado, planejado e desfrutado antes de ser vivido. O que ajudará muito a vivê-lo quando for o momento. E se não for possível ter essa disponibilidade no momento em que a criança pede, adie, peça desculpas pela impossibilidade e proponha que aguarde até tal dia... ou tal hora... ou tal momento... quando então será possível sentarem com calma e conversar. Crianças podem esperar, conseguem e, às vezes, as ajudamos a aprender. O importante é que respeitemos e possamos cumprir os combinados. 
E isto é sagrado!


Silvia Lobo ( psicanalista )
Emoções Infantis: O Universo das Crianças

http://www.jardinsdainfancia.com.br
Em 11/11/2013

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Um resgaste ao brincar na rua.....

É através das crianças que se perpetuam as brincadeiras tradicionais, sendo estas, preservadas e recriadas a cada nova geração. Portanto, resgatar a tradição das brincadeiras é uma forma de ampliar o universo lúdico e cultural das crianças, além de promover uma interação com outras gerações. 
Assim como nossos pais e avós, com certeza temos uma história pra contar sobre nossos brinquedos prediletos e uma brincadeira a ensinar.


Durante o Brincando na Rua III, as crianças tiveram contato com  brinquedos e brincadeiras antigas, muito utilizadas na época dos nossos pais e avós. 
Peteca, ioiô, elástico, pião, vai-e-vem, pé de lata, bilboquê, bambolê...o Condomínio Legal quis resgatar brincadeiras antigas valorizando os movimentos e as atividades ao ar livre.













O uso da rua como um local de lazer tem se perdido com o tempo. Hoje, as brincadeiras estão muito relacionadas aos jogos eletrônicos e atividades em espaços fechados.
No último sábado,(dia 26 de Outubro) a meninada, seus pais e seus avós, uniram-se para brincar como antigamente. Muitos adultos voltaram um pouco à infância, entrando em brincadeiras como jogar pião, pular corda, elástico ou girar com os bambolês!







Fotos:  Ora Bolinhas e Condomínio Legal

O Brincando na Rua é uma realização do Ora Bolinhas.
www.orabolinhas.com